Capítulo 67

Capítulo 67

Mariana

Por muito tempo, eu fui silêncio.

Silêncio de gritos abafados, de perguntas sem resposta, de lembranças cortadas em pedaços que não se encaixavam. Cresci acreditando que o mundo era um quarto trancado e que eu era a prisioneira de um favor. Cresci ouvindo que fui abandonada, que sobreviver era um prêmio dado por Marcelo Rivas e que, por isso, eu devia gratidão.

Mas agora eu sabia a verdade. Eu tinha uma irmã. Eu tinha um nome. E Rivas não era meu salvador. Ele era meu algoz.

A primeira vez que acordei naquela casa — a casa de Dante Moretti — foi como despertar de um pesadelo em câmera lenta. O quarto era grande, silencioso, com cortinas brancas que balançavam com o vento. A cama era macia demais para alguém como eu, e por um instante, meu corpo estranhou o conforto. Quase senti medo dele. Como se o colchão fosse uma armadilha.

Mas então vi Luna.

Ela estava sentada ali, ao lado da cama, me observando como se não acreditasse que eu era real. E eu também não acreditav
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