NARRAÇÃO DE EVELYN...
O clima ficou denso na cozinha. Yumi tentava procurar pelas palavras, para falar um pouco de si.
— Pode falar, eu não vou contar a ninguém. — Ela respirou fundo.
— Eu não posso expressar o que sinto na máfia. Tudo eles quem ditam: o que devo vestir, o que devo comer e falar. Mas o que mais me incomoda é isso... — Ela mostrou seus pés, pequenos, dentro de um sapato branco. Estranhei...
— Não gosta de sapatos...? — perguntei confusa.
Ela riu, negou.
— Não é isso, meu pai diz que meus pés são muito grandes, então preciso usar dois números a menos. Isso dói. Já me acostumei com os calos, mas os ossos... — Estufei o peito, indignada. Uma coisa é certa: senti profunda raiva por fazerem isso. Fui até ela, abaixei e desamarrei seus sapatos.
— O que está fazendo...? Eu não posso ficar descalça! — disse ela nervosa, olhando para a entrada da cozinha. Puxei seu sapato, ela respirou em alívio; em seguida, puxei o outro. Sua respiração saiu com uma lufada de puro alívio. Sent