NARRAÇÃO DE BRADY DAWSON...
Nossa noite havia sido intensa, deliciosa — quanto mais me aprofundo em sua pele, no seu sabor e cheiro, mais viciado fico, como um drogado que nunca consegue ficar sem sua droga. Quando ela se afasta, entro em abstinência.
Naquela manhã foi o que senti ao ver a cama vazia: Sara não estava ali para me encher de carinhos. Voltei à realidade: precisava trabalhar. Quanto mais cedo começasse, mais rápido terminaria e poderia ficar livre para curtir com as garotas.
Meus planos foram por água abaixo, assim como minha empolgação. Eu terminava de me arrumar quando meu consigliere bateu na porta pedindo permissão. Deixei que abrisse, e sua expressão não era nada boa. Olhei brevemente para a janela, terminei de abotoar o terno e tentei me concentrar — conheço bem aquele olhar do consigliere. Não é um olhar bom; significa péssimas notícias.
— Bom dia, chefe.
— Bom dia. Diga logo o que está acontecendo... — pedi, ajeitando a gravata, focado nos flocos de neve colados n