NARRAÇÃO DE BRADY DAWSON...
Propositalmente, fiquei um pouco mais com Julie, após aquela cena patética do meu irmão praticamente se defender discutindo com a menininha.
Fiz questão de mostrar o livro dos Três Porquinhos, que até então havia me esquecido de apresentar. Ela ficou encantada e, é claro, precisei ler naquele canto sagrado da mansão que ela tanto gosta: sobre o tapete felpudo do meu escritório, com a lareira acesa. Pois a lareira aquecia e trazia emoção.
Eu me sentia bem, confiante e também ansioso.
Após a leitura, fiquei olhando pela janela, esperando anoitecer, na esperança de Sara ceder e ficar aquela noite comigo. Julie, por sua vez, parou de folhear o livro infantil e me olhou curiosa.
— Tio Brady. Você gosta da mamãe? — Olhei surpreso para aquela pequena.
— Como não poderia gostar? — Sorri tocando na ponta do seu nariz.
— É porque... — Ela olhou para os lados, como uma menina travessa, se perguntando se poderia falar.
— Pode falar. Será o nosso segredo.
— Minha vovó f