NARRAÇÃO DE BRADY...
A sensação de vitória gritava em meu peito. Não me lembrava da última vez em que meu coração batera tão aquecido. Anunciar a gravidez à Julie estava sendo uma das maiores emoções da minha vida. Os olhos dela cintilaram com uma pureza quase divina. Tocou o ventre de Sara e sorriu, um gesto tão natural, tão cheio de afeto, que me desarmou. Em nenhum momento houve ciúme, apenas ternura.
Aquela cena me fez voltar no tempo — à lembrança do dia em que descobri que teria um irmão mais novo. Eu reagira da mesma forma: toquei a barriga da minha mãe, tomado pela ansiedade de conhecer Stefan. Prometi que cuidaria dele, como um irmão mais velho deveria fazer. Só não imaginava que seria eu quem o ninaria noite após noite, quem suportaria as madrugadas em claro por causa das cólicas, quem assumiria uma responsabilidade que não era minha — enquanto meu pai existia, mas já estava morto por dentro.
Olhei para Julie, encantado, desejando que ela fosse uma irmã amorosa — mas apenas