NARRAÇÃO DE BRADY DAWSON...
Meu pai não mentiu. Em questão de minutos após a saída deles, bateram na porta do meu quarto, arrancando-me dos meus devaneios e do vazio. A voz de dona Marie veio em tom manso, como se soubesse o quanto eu estava irritado.
— Sr. Dawson, o Dom da Yakusa está lhe aguardando. Ele quer lhe ver. — Fechei os olhos, esfreguei as mãos no rosto, lembrando-me do pedido do meu consigliere: “Colabore.”
— Fale para ele entrar, deixe-o aguardando em meu escritório. — Pedi, sem desviar os olhos das minhas mãos trêmulas. Eu precisava ser resiliente, precisava usar uma máscara, apenas para suportar tudo isso.
Fiquei em meu quarto até me sentir preparado para sair. A mansão se tornou fria novamente. Caminhei até o escritório, pensando em cada palavra que poderia ser mencionada.
Ao chegar, encontrei-o com seus seguranças: um japonês já idoso e, ao lado, uma mulher mais jovem, de traços orientais. Sem dizer uma única palavra, inspirei fundo e sentei em minha poltrona. O Dom d