NARRAÇÃO DE BRADY DAWSON...
Essa mulher só pode ser louca. Não encontro outra palavra. Logo cedo, no início do expediente, ela conseguiu arranjar problemas.
Eu estava no meu escritório, afogado em papéis, quando, pelo vão da porta aberta, vi a cena que fez meu sangue gelar: Sara, carregando uma escada de ferro maior do que ela, apoiando-a perigosamente perto do lance principal de degraus da mansão.
Meu corpo inteiro tensionou. Franzi o cenho.
Ela é louca?
Se aquela escada tombasse, ela cairia do alto, despencaria pelos degraus... a imagem quase me deu vertigem.
E então aconteceu. Ela se inclinou demais, o metal rangeu, os pés da escada cederam para o lado. Meu instinto falou mais alto que a razão. Corri. Nem pensei. Cheguei a tempo de puxá-la com força, arrancando-a daquele abismo e a protegendo contra o meu peito.
Senti seu corpo tremer, frágil, pressionado ao meu. O coração dela disparava, mas o meu não ficava atrás. Eu deveria gritar, repreendê-la pela inconsequência, mas as palavr