P.D.V de Ethan
O vitral sobre o altar projetava cores suaves no chão de pedra, como se a luz do céu tentasse tocar a terra ali dentro. A capela estava quase vazia. Só eu, sentado num dos bancos ao fundo, e Madre Margaret Callahan, ajoelhada em oração.
Esperei em silêncio. Não queria interromper. Eu sabia que precisava falar com ela, mas também sabia que o momento exigia reverência.
Quando ela se levantou, notou minha presença. Caminhou até mim com aquele mesmo sorriso discreto de sempre — firme, sereno, quase maternal.
— Que bom que você veio e na hora certa — disse ela.
Assenti com a cabeça e me levantei, o coração apertado no peito.
— Achei que era hora de agradecer — respondi. — E também de pedir permissão.
Ela arqueou uma das sobrancelhas, curiosa.
— Permissão?
Estendi a pasta de couro que trouxe comigo. Estava um pouco suada nas mãos. Quando ela a abriu, encontrou os projetos que venho trabalhando há semanas. Desenhos, algumas descrições. No topo de tudo, estava o títul