**Luana Sartori**
A resposta que eu tive era que sempre teria a ajuda do meu pai.
— Papai, eu preciso ir embora. Neste momento, só quero sumir.
— O que aconteceu, filha?
— Não quero falar sobre isso agora. Preciso ir embora. Só não me diga nada. Assim que eu encontrar um lugar, eu te aviso.
— Filha…
— Eu preciso que procure por uma pessoa e a coloque em um bom emprego na vinícola. Ela é importante para mim. Ajude-a. Se ela tiver família, leve todos para o Sul. Mas não diga para ninguém para onde eu fui, para ninguém, nem mesmo para a mamãe. Falo com ela depois. Te amo, papai.
— Também te amo, filha. Se cuida e me dê notícias.
O táxi seguiu pela orla. Pedi ao motorista que simplesmente continuasse dirigindo, sem rumo. O homem de uns quarenta anos lançou-me um olhar quase interrogativo, como se perguntasse com os olhos o que tinha acontecido comigo para eu estar daquele jeito.
Depois de meia hora, pedi que parasse. Paguei a corrida e saí sem olhar para trás. Segui em dir