A porta principal da mansão Navarro se abriu com um clique elegante, mas o que atravessou aquele vão… foi pura blasfêmia de alta costura.
Clara Valentina. Vestido verde esmeralda, fenda lateral que quase causava acidentes oculares, cabelo preso com alguns fios soltos propositalmente… e um salto que poderia cortar intenções pela metade.
Ao lado dela, Dante Rafael Navarro. Terno azul petróleo sob medida, camisa branca com um botão a mais aberto do que o necessário, e o olhar de quem sabia o que estava fazendo — até quando não sabia.
A entrada causou um microapagão coletivo.
Um silêncio de segundos.
Como se a alta sociedade de Manhattan tivesse engasgado com o próprio champanhe.
O salão estava iluminado como um set de filme europeu. Candelabros de cristal pendiam do teto como estrelas domesticadas. Música ao fundo — jazz instrumental com notas de elegância e opulência.
O barulho ao redor caiu em câmera lenta. Conversas suspensas. Olhares lançados como mísseis.
Afinal, Dante Navarro — o h