Dois meses depois.
Acordo com um sobressalto, enquanto um grito fino ecoava em minha cabeça.
Encaro a janela em minha frente, percebendo que o dia já havia amanhecido, a luz que passava por de baixo do tecido grosso e escuro, denunciava isto e acredito que foi isto que me fez levantar.
Ao meu lado, Caleb ainda dormia profundamente, virado para o lado contrário em que dormia. Com passos silenciosos, me aproximo da escrivaninha na outra extremidade do quarto, abrindo o notebook ao me sentar.
Por alguns segundos, meus olhos vagam pelas últimas palavras escritas da última vez. Ainda continuava determinada em juntar minhas experiências que tive como transplantada, em como era lidar diariamente com sensações, lembranças e sentimentos, que não me pertenciam. Tentar encontrar a linha invisível que dividia a minha vida e a de Elena, na qual ainda estava procurando.
Era neste livro, todas as manhãs, que me concentrava antes de qualquer outra cois