Capítulo 56

Na boa parte do tempo, não me sentia dentro do meu corpo, comia sem ter vontade e cumpria minhas necessidades básicas por cumprir. Me sentia no automático.

Geralmente quando o efeito estava começando a passar e eu já não sentia toda aquela neblina em minha mente, conseguindo pensar e até mesmo me mover com mais agilidade, era a hora de outra dose dos medicamentos. E sempre era feito da forma mais agressiva possível.

Eu sempre acabava os engolindo, por pressão ou até mesmo por acabar sendo machucada por um dos enfermeiros e sempre sentia os mesmos efeitos. Sentia como se a minha mente desligasse, bruscamente, com um puxar de tomada; Depois começava a ver vultos por toda parte, neste caso sempre era Elena e raramente eu dormia. As vezes passava a noite em claro e só conseguia dormir quando amanhecia, não demorando para que o meu sono fosse interrompido por algum dos enfermeiros, para ir tomar café da manhã ou banho de sol.

Já estava acostumada com o
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