Não sei explicar o alívio que senti, quando recebi alta e soube que iria colocar uma distância novamente entre eu e meus pais.
Meu corpo ainda estava rígido, meus movimentos ainda não estavam completos. Era como se estivesse aprendendo novamente a andar e fazer simples movimentos. Louise a todo tempo, agora mais do que antes, ressaltava que precisava de cuidados mais do que nunca e que ficar numa cidade aonde não conhecia ninguém, não iria ajudar.
— Você tem que voltar comigo para New York — diz ela, terminando de me arrumar, como se eu tivesse novamente cinco anos e estivesse prestes para ir para a escola.
Todo aquele cuidado, todo aquela atenção, estava me irritando. Na verdade, desde o momento em que me dei conta que meus pais estavam em Rochester, isto já me irritou e eu já não sabia como lidar com isto, com eles.
Ela penteava meu cabelo com um pouco de mais força do que o necessário, minha cabeça ia para trás contra a minha vontade e