Capítulo. 36 – Sangue no Jogo (parte 1)
Quando o elevador abriu no subsolo, Enzo já estava com a chave do carro na mão e o maxilar tenso. Eu fui atrás. Não fazia sentido, mas ficar parada fazia menos ainda.
— Liga para a Camila — ele disse, atravessando o saguão sem olhar para trás.
— Já liguei — respondi, acompanhando o passo dele. — Caixa postal.
— A escola?
— Tentando. — Mostrei a tela: chamada em andamento, “ocupado”.
Ele apertou o alarme do SUV, e o som curto cortou o ar do estacionamento. Entramos. O motor respondeu na primeira tentativa, e a arrancada foi firme. Eu segurei o cinto com uma mão e, com a outra, continuei discando para qualquer pessoa que pudesse me devolver o controle de alguma coisa.
— Você tem certeza do que a Vanessa viu? — perguntei, mais para manter a cabeça ocupada do que por dúvida real.
— Tenho. — Ele passou para a faixa da esquerda. — E vou ter mais em minutos.
— “Mais” significa o quê?
— Provas. — O olhar dele foi rápido para o meu, antes de voltar à rua. — E, se necessário, v