Ítalo estava tão inquieto, eu nunca o havia visto assim. Meu corpo tensionou na cadeira de couro. Ele se sentou elegantemente sob sua poltrona, a sua imensa poltrona, seus olhos negros brilhando com uma fúria contida examinavam-me. Seus dedos longos e grossos apertavam o copo de uísque cheio demais, com força demais. Minha saliva parecia espinhosa quando eu engolia. Tattei minha mão para encontrar controle diante de tanta pressão. Quando percebi que ele não falaria, minha voz saiu baixa, mas firme.
— Algum problema?
Seus lábios deixaram o vidro do copo. Suas mãos depositaram o objeto sob a sua mesa de madeira nobre.
— Me diga você. Deixou de dar-me seus verdadeiros passos, mas ouvi apenas mentiras dos seus lábios. — Tentei não desviar meus olhos, que já não se beneficiavam com seu tamanho exuberante.
— Não sei o que está dizendo, Ítalo.
Consegui achar alguma força para olhar nos seus olhos. Com sua postura altiva, ele se levantou, pegando um charuto do seu estojo aber