Violeta
Confirmei com Olga que tudo estava pronto para o café da manhã, enquanto tentava afastar os pensamentos que me assombravam. Hoje, a noiva de Italo e a sua família viriam aqui, e eu não queria admitir por que estava tão magoada. Em nenhum momento tive expectativas reais, e coloquei a culpa no meu cansaço emocional. Eu só precisava seguir em frente.
Olga abriu a porta para receber os convidados, enquanto eu me mantinha no canto da sala, tentando evitar o olhar traiçoeiro que recaiu sobre a ruiva no meio do casal. Alta e elegante, a sua postura demonstrava que ela deveria ter menos de 23 anos. Os seus cabelos vermelhos como fogo caíam como cascata sobre os seus ombros, e a elegância com que caminhava pela sala indicava a sua origem abastada. Tentei não me sentir menos vulnerável quando Italo apareceu na porta, cumprimentando os seus futuros sogros e dando um beijo casto na noiva. Tive que me controlar para não revirar os olhos.
Agradeço mentalmente quando Olga chega e a