O amanhecer em Valmor chegou silencioso, sem pressa, como sempre acontecia nas manhãs mais frias. Samuel acordou com o som distante do sino da igreja tocando, anunciando a chegada de um novo dia. O orfanato ainda estava quieto, todos pareciam imersos em suas rotinas, mas ele sabia que algo estava prestes a mudar. Ele ainda tinha o envelope com a misteriosa mensagem guardado em sua gaveta, mas o peso daquelas palavras não saía de sua mente. "Confie apenas em quem conhece sua dor". Quem estava por trás de tudo isso? E o que mais ele deveria esperar?
Enquanto caminhava pelos corredores do orfanato, sentia um peso no peito. Seus passos ecoavam nas paredes frias e nuas, o som se espalhando pelo prédio vazio, como se o próprio lugar estivesse esperando por algo. Ele tentava não pensar na mulher que havia visto, ou nas palavras do envelope, mas a ansiedade o tomava de assalto a cada instante.
Antes de seguir para o refeitório, Samuel decidiu dar uma volta pelo jardim, onde se sentira tão