Mundo ficciónIniciar sesiónLucca Ferraro
Respirei fundo, tentando me recompor, mas o ar parecia insuficiente. O rosto ardia, o peito subia e descia num ritmo inquieto, como se o próprio corpo se rebelasse contra a razão. A toalha nas minhas mãos era apenas um disfarce para o tremor dos dedos, eu a passei pelos cabelos ainda molhados, tentando me convencer de que poderia apagar o que sentia. Não podia. Nada apagava o que ela provocava em mim.
Fui até a porta e a empurrei devagar, com o coração batendo alto demais.
O quarto estava mergulhado em penumbra, e a luz do sol atravessava as cortinas semi abertas, desenhando riscos prateados sobre o lençol. Havia algo quase sagrado naquele instante. Por um momento, o tempo parou.
Ela estava lá







