O silêncio matinal no castelo era quebrado apenas pelos passos de Auren enquanto ele descia os corredores em direção à ala reservada do harém. A luz suave que entrava pelas janelas não conseguia suavizar a rigidez em seus ombros ou o peso de sua responsabilidade. Os guardas à porta fizeram uma reverência quando ele se aproximou, e Auren retribuiu com um aceno contido antes de empurrar a porta e entrar.
A ala era um mundo à parte dentro do castelo — um espaço amplo, com quartos coletivos e um jardim murado que oferecia um ar de liberdade controlada. As mulheres que pertenciam a ele viviam ali, cercadas por paredes altas e vigiadas de perto, mas também com o cuidado e o conforto que a posição exigia.
Ele parou um instante para observar o ambiente. As flores do jardim balançavam suavemente ao vento, mas era o cheiro no ar que lhe falava mais do que qualquer paisagem: o perfume das fêmeas, o som dos batimentos de seus corações… e, acima de tudo, a energia pulsante das três que carregavam