Draven avançava devagar pelo salão, o som de suas botas ecoando pelo chão de pedra. Céline não o seguia, não ainda. Seus olhos percorriam o altar, o círculo de sal negro, os símbolos gravados nas colunas antigas como cicatrizes eternas. Aquilo não era só um lugar. Era uma ameaça viva.
— Este é o coração da casa antiga — disse Draven, virando-se para ela. — Foi aqui que nossas promessas foram quebradas. Onde a linhagem foi traída… por hesitação.
Ele caminhou até o altar e repousou as mãos sobre a pedra fria.
— Auren sempre acreditou que poderíamos coexistir com os outros. Que bastava termos o nosso território. Que podíamos apenas esperar que as coisas se resolvessem.
Ele cuspiu no chão, como se a ideia lhe fosse nojenta.
— Mas enquanto ele esperava, nós minguávamos. As mulheres deixavam de nascer. As forças diminuíam. E sabe o que ele fez?
Ele a olhou diretamente, os olhos âmbar cintilando com raiva contida.
— Proibiu os rituais antigos. Impediu que tomássemos o que nos era devido. Ele