A noite havia chegado trazendo consigo uma brisa leve, fresca e acolhedora. Do lado de dentro, o apartamento estava silencioso. Marlene, como sempre atenciosa, ficou com Henrique — que já a considerava quase uma segunda mãe desde que chegamos da Colômbia , enquanto minha sogra, Maria Lúcia, se prontificou a cuidar de Lorenzo. Era estranho, depois de tantas noites acordada, de tantos choros e mamadas, perceber que eu teria algumas horas só minhas… só nossas.
Quando abri a porta da varanda da cobertura, um arrepio percorreu todo meu corpo. O espaço estava irreconhecível. Sobre o piso frio havia um tapete bege macio, rodeado por pétalas de rosas vermelhas espalhadas com cuidado. Pequenas velas acesas tremeluziam em cada canto, lançando uma luz quente que contrastava com o brilho das estrelas e as luzes da cidade ao fundo. O aroma doce das flores se misturava ao cheiro delicado da comida que vinha da mesa posta com perfeição.
A mesa, pequena e redonda, estava coberta por uma toalha branca