(Isabella)
As palavras ofensivas continuaram a jorrar da boca dele, cada uma mais cruel que a anterior, cada uma um golpe direto no que restava do meu coração. Eu o olhava, paralisada, sentindo as lágrimas quentes se acumulando em meus olhos, turvando a imagem do homem que eu amava, agora transformado em um monstro que cuspia acusações vis e sujas. Ordinária. Mulher qualquer. As palavras ecoavam na minha cabeça, me partindo em mil pedaços.
Eu não conseguia me mover, não conseguia falar. Estava presa em um pesadelo, tentando entender como chegamos a isso. Foi quando a porta do banheiro se abriu.
Clara saiu de lá, já vestida, o cabelo ainda úmido. Seu rosto, que momentos antes deviam estar relaxado, agora estava contorcido em uma máscara de choque e horror. A cena que ela encontrou era arrepiante: seu cunhado, o homem que ela via como um príncipe, completamente descontrolado, despejando um veneno de palavras sobre mim, enquanto eu apenas ficava ali, em silêncio, lutando para não desab