O motor do carro zumbia baixinho enquanto eu dirigia pelas ruas ainda envoltas na penumbra do amanhecer. O céu começava a se tingir de tons alaranjados, anunciando o novo dia, mas eu mal conseguia enxergar sua beleza. Minha mente estava turva, pesada, esmagada pelo peso das incertezas.
Luna insistiu em ir de táxi. Não queria que fôssemos vistos juntos, assim evitaria rumores e Samantha transformar um momento já insuportável em algo ainda pior. Eu acabei aceitando, não por medo do que ela poderia fazer, até porque, honestamente, já não havia mais nada nela que me intimidasse, e sim porque minha mente estava centrada em uma única coisa.
Meu filho.
Pensar em Joshua fez meu peito se comprimir, apertei os dedos contra o volante do carro c