Jacob chegou ao hospital em estado de choque. Seus passos eram apressados, quase trôpegos, enquanto atravessava os corredores frios, sentia o coração martelar descompassado. O cheiro de álcool e desinfetante impregnava suas narinas, intensificando a náusea que se formava em seu estômago. Seu peito doía como se estivesse sendo esmagado por um peso insuportável. Ao se aproximar da recepção, sua voz saiu trêmula:
— Samantha Lancaster… acidente de carro… onde ela está?
A atendente olhou para ele com um misto de pena e profissionalismo, digitando rapidamente no computador.
— Ela está na ala de emergência. O neurologista está avaliando a situação.
Jacob passou as mãos pelos cabelos, puxando-os com força, como se a dor física pudesse distraí-lo da culpa insuportável que corroía seu peito. Ele não podia negar que uma parte dele sabia que aquele acidente tinha sido provocado pelo desespero de Samantha… e ele era a causa disso.
Sem pensar duas vezes, pegou o celular e discou o número dos pais.