Conde Eros
O terror se instalou. Vi Lua desfalecer, e num reflexo desesperado, corri para ampará-la antes que sua cabeça encontrasse o chão. A levei imediatamente para o hospital, sentindo um medo que nunca pensei que seria capaz de sentir.
— O que aconteceu com minha filha? — Patrícia pergunta, sua voz carregada de angústia ao nos encontrar no hospital. Seus olhos suplicavam por respostas que eu não tinha, ou talvez não quisesse ter.
— Ela estava sentindo dor e desmaiou — respondo, a culpa me corroendo por não tê-la protegido. Eu, o conde Eros, um ser de força e poder, falhei em meu dever mais sagrado.
— Cuidarei dela — afirma Patrícia, seus olhos fixos em Lua, uma determinação silenciosa que tentava me acalmar.
No mesmo instante, o sinal da brigada ecoou, o alerta estridente anunciando uma invasão.
— Droga! — exclamo, a urgência da situação me atingindo como um raio, dilacerando qualquer vestígio de paz que eu pudesse ter encontrado.
— Vá cuidar disso, conde. Eu cuido da m