Conde Eros
Terminei de dar as últimas ordens aos servos, e eles se dispersaram pelos corredores do castelo. Hoje, o dia havia sido um exercício de contenção e planejamento. Nosso estoque de sangue atingiu um nível alarmantemente baixo, uma situação que jamais poderia se repetir. A culpa por minha momentânea falta de foco recaía sobre ela, Luara.
Desde a chegada de seu insignificante namorado humano, ela pairava pelos cantos, irradiando uma felicidade quase irritante, suas visitas ao castelo se tornaram menos frequentes, trocadas por encontros frequentes com o mortal na cidade.
Eu havia concedido permissão para a entrada do humano apenas no dia de seu matrimônio, mas essa restrição não impedia seus encontros diários, uma teimosia que fervilhava em minhas entranhas. E não era a proximidade dela com aquele mortal que me incomodava, pelo menos, não diretamente. Era a imprudência de suas viagens diárias, a exposição desnecessária a perigos potenciais.
Aquela humana havia se tornado um