“Eu fui feito de vingança… mas por ela, estou aprendendo o gosto da condenação.” — Fernando Torrenegro
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O gosto dela ainda estava na minha boca. A suavidade dos lábios, o calor da pele, o veneno doce que me queimava por dentro.
E eu odeio admitir, mas não há arma, não há estratégia, não há plano que consiga arrancar isso de mim.
Eu me afastei dela, mas foi como se tivesse deixado um pedaço de mim em suas mãos.
Um pedaço que não me pertence mais. E isso… isso é imperdoável.
Subi para o escritório, cada passo ecoando como um aviso. Me tranquei entre paredes forradas de segredos, tentando recuperar o ar que ela me roubou. Abri a gaveta da mesa e encarei a pistola como quem encara um lembrete cruel.
Eu sou Fernando Torrenegro. O homem que jurou destruir a família Castilho. O homem que ergueu um império com sangue, não com sentimentos. E, no entanto, aqui estou eu, com as mãos tremendo… por causa dela.
Bato com força na mesa, o barulho seco ecoando pela sala. Preciso colocar ordem dentro