O telefone dele ainda estava em mãos quando o silêncio caiu sobre nós.
Não era o silêncio tranquilo do mar… era o silêncio de algo prestes a desmoronar.
— Isa… — murmurei, com a garganta seca. — O que aconteceu com a minha irmã?
Lorenzo se virou devagar, como se estivesse carregando um peso que nem ele podia suportar. Os olhos dele ardiam de raiva, mas havia algo pior escondido lá: impotência.
— Eles a levaram. — disse, a voz baixa, cada palavra como um golpe. — O Conselho bloqueou qualquer movimento nosso. Ninguém vai agir… até você me dar a resposta.
Por um instante, pensei que tinha entendido errado. Mas não, não havia como confundir. Meu corpo inteiro gelou.
— Como assim, até eu dar a resposta? — minha voz saiu trêmula, quase um grito. — Estão usando a Isa como moeda?! Ela é só uma menina!
— Para eles, Estela… — Lorenzo rosnou, os dentes cerrados, — ninguém é intocável. Nem você.
Meus joelhos fraquejaram, e eu precisei segurar na lateral do barco para não cair. Tudo pareci