CELSO MIRANTES
O grito dela se espalhou na noite, um som de liberação pura que fez cada pelo do meu corpo se arrepiar. Sentir Rosália Duarte se desfazendo em cima de mim, as paredes internas dela pulsando e apertando meu pau com uma força esmagadora, foi uma das experiências mais viscerais da minha vida.
A mordida no meu ombro ainda ardia, uma dor aguda e latejante que servia como um lembrete de minhas palavras:
"— Veio tentar ganhar uma mordida, senhor Mirantes?
— Será que eu teria essa sorte?"
Que mulher selvagem...
Eu estava chegando no limite. Senti a pressão na base da minha coluna aumentar perigosamente. Eu queria gozar. Queria me deixar ir ali mesmo, dentro dela, misturando meu prazer ao dela. Mas o meu instinto competitivo e o desejo de vê-la perder o controle mais uma vez, falou mais alto.
Não vou terminar agora.
Enquanto ela ainda tremia com os espasmos finais do orgasmo, respirei fundo, tentando acalmar meu coração que batia como um martelo contra as costelas