ROSÁLIA DUARTE
O olhar faminto e a forma como ele engoliu em seco foi o melhor elogio que eu poderia receber. Celso Mirantes estava me olhando como se eu fosse a oitava maravilha do mundo, não que eu não estivesse acostumada com esse olhar, mas ele obviamente não era um homem qualquer e a lista de mulheres com quem já esteve era obviamente extensa.
Isso alimentou algo dentro de mim. Uma vaidade feminina e poderosa.
Não entrei na água imediatamente. Em vez disso, curvei-me devagar para pegar o roupão do chão, sabendo exatamente a visão que estava proporcionando a ele. Senti o olhar dele queimando na minha pele, percorrendo a curva da minha coluna e das minhas nádegas.
Dobrei o roupão e o coloquei sobre uma cadeira, prolongando a tortura dele.
Peguei minha taça de vinho na borda e, finalmente, subi os degraus da hidromassagem.
A água quente envolveu meus tornozelos, depois minhas panturrilhas, coxas e cintura, enquanto eu afundava no calor borbulhante. Fechei os olhos por um