ROSÁLIA DUARTE
Tentei me debater, girar na água para encarar o intruso, mas ele era forte. O braço ao redor da minha cintura era como uma barra de aço, e a mão que subia perigosamente pelo meu torso parecia ir em uma direção assustadora.
— Quem é você?! — gritei, a voz saindo estridente. — O que você está fazendo aqui?! Me solta agora!
Ele riu contra o meu pescoço, um som vibrante e debochado que me causou náuseas.
— Eu te faço a mesma pergunta, princesa. — ele sussurrou, e o hálito dele cheirava a uísque barato e cigarro. — Quem é você e por que está nadando na piscina do meu irmão? Eu tenho muito mais direito de estar aqui do que você.
Irmão?
A palavra travou no meu cérebro. Sem me dar ao trabalho de processar se aquela afirmação era verdadeira, gritei novamente, batendo com o cotovelo para trás, tentando atingi-lo nas costelas.
— ME SOLTA!
— ROSÁLIA?!
A voz de Celso trovejou do terraço.
No mesmo instante, o aperto ao meu redor se desfez. O homem me soltou e levan