ETHAN PETTERSON
Já faz uma semana desde que Cristina decidiu que eu merecia uma espécie de castigo do silêncio.
No início, eu achei que seria passageiro. Que bastaria aquele passeio no shopping, depois um buquê caro, um jantar surpresa ou algumas palavras bem colocadas pra fazê-la ceder. Mas ela não cedeu.
Pelo contrário, parecia ter se tornado especialista em me ignorar.
No escritório, era completamente profissional. Me chamava de “senhor Petterson” na frente dos outros e de “Ethan” apenas quando era inevitável como na frente dos meus pais. Cumpria todas as tarefas, entregava tudo no prazo e mantinha aquele sorriso educado, mas vazio. Enquanto me evitava, ela se dava perfeitamente bem com minha mãe.
As duas se encontravam quase todos os dias para falar sobre os preparativos do casamento. Sim, do casamento. O mesmo que Cristina parecia ter esquecido que era contra, pois nem para reclamar que eu acabasse com isso ela falava.
Hoje, eu decidi que isso ia acabar.
Quando ela