CRISTINA SANTIAGO
Quando se acerta um tapa no rosto de alguém deveria haver um impacto, certo? Depois, Heitor deveria me olhar assustado, cobrindo a bochecha com a mão, sem acreditar que tive coragem, não é? Então porque ao invés disso acontecer, havia uma mão com grandes unhas pintadas de vermelho afundando na minha pele?
Meu olhar segue da mão para o braço, até encontrar o rosto da pessoa intrometida que me impediu de desfrutar de uma pequena vingança. Para meu completo desprazer, lá estava a Cobratriz, com um olhar furioso, pronta para me dar o bote por quase pisar no seu Heiscorpião.
— Quem você pensa que é pra tentar bater no meu homem?! — Tenho que mencionar que a voz da Cobratriz é irritante, mas quando ela grita não tem tímpano que suporte.
— Por que não pergunta ao "seu homem" o que ele fez para uma dama tão centrada como eu, chegar ao ponto de partir para a violência. — Puxei me braço da sua mão sentindo as unhas dela arranharem minha a pele. Mas a raiva era tanta q