CRISTINA SANTIAGO
O relógio marcou dezesseis horas em ponto. A pontualidade, ao que parecia, era a única coisa que meus pais e Ethan tinham em comum.
Ethan estava de pé ao lado da porta, com os braços cruzados sobre o peito largo, usando uma camisa social com as mangas dobradas que, teoricamente, deveria fazê-lo parecer relaxado, mas a tensão em seus ombros dizia o contrário.
— Lembre-se — ele murmurou, sem tirar os olhos da porta. — Um sinal seu, Cristina. Um suspiro mais pesado, um olhar de desconforto, e eles estão fora.
— Eu sei, Ethan. Relaxe. Eles não são assassinos de aluguel.
A campainha tocou.
A Sra. Gable abriu a porta. E lá estavam eles.
Meus pais pareciam... menores. Essa foi a primeira coisa que notei. Talvez fosse a grandiosidade da mansão Petterson que os diminuía, ou talvez fosse o peso da culpa.
— Cristina... — minha mãe sussurrou ao me ver. Seus olhos foram imediatamente para o pacote amarelo que eu segurava nos braços. Dante estava vestido com o con