CRISTINA SANTIAGO
— Zilionário.
Eu pisquei. Ele estava brincando. Mas, olhando ao redor do saguão de entrada, que parecia ter o mesmo tamanho do saguão do aeroporto, eu suspeitava que ele não estava brincando tanto assim.
Rosália me deu um empurrãozinho gentil nas costas.
— Vá indo — ela sussurrou. — Eu vou logo atrás.
Ethan me guiou. Manteve uma distância respeitosa, mas protetora, enquanto me guiava pela casa. Eu me senti como se estivesse em um museu. Pisos de mármore que se estendiam por quilômetros, tetos que pareciam estar a trinta metros de altura, e arte nas paredes que eu tinha certeza de que custava mais do que qualquer coisa que eu já tinha possuído.
Finalmente, chegamos a um conjunto de portas duplas de madeira clara. Ele as abriu.
Era um quarto. E era, honestamente, maior do que qualquer um que já vi.
Uma parede inteira era de vidro, do chão ao teto, revelando uma vista deslumbrante da cidade que brilhava ao longe. Havia uma lareira e uma cama king-size que parecia grande