77. Praticamente Uma Declaração De Amor
A senhora me observa por alguns segundos, e eu permaneço parada, sem saber o que fazer ou dizer.
Deveria me esconder? Fingir que sou a faxineira? Inventar uma desculpa qualquer?
Mas, antes que eu possa pensar numa saída, ela sorri. Um sorriso genuíno que ilumina completamente seu rosto.
— Então você é a Ann — diz, estendendo a mão enluvada com elegância. — Sou a avó do Nathan.
— Eu… sei quem é a senhora — engulo em seco, apertando a mão dela. — Prazer em conhecê-la, Sra. Prescott.
— Me chame de Dorothy, querida — ela responde, entrando sem esperar convite. — E relaxe. Pelo amor de Deus, você parece que viu um fantasma.
— É que… eu não estava esperando… — gaguejo, fechando a porta atrás dela.
— Visitas? — Completa, lançando um olhar para minha roupa. — Imagino que não. Mas devo dizer que fico feliz em encontrá-la aqui tão… confortável.
Não sei se isso é um elogio ou uma indireta, mas antes que eu possa responder, Nathan surge na sala, com mais farinha no rosto e fuligem