179. Torcendo Para Um Milagre
“Ann Prescott”
A cesárea é… brutal. Ninguém me avisou que seria assim.
Cada movimento dói. Respirar fundo dói. Rir é uma verdadeira tortura.
Mas, ao mesmo tempo, não consigo parar de sorrir.
Porque minhas filhas nasceram.
Nathan está sentado no sofá, mexendo no celular. Quando percebe que estou acordada, guarda o aparelho imediatamente.
— Bom dia, pequena — ele diz, se aproximando. — Como está se sentindo?
— Como se tivesse sido atropelada por um trem — respondo, honesta. — Mas feliz.
Ele sorri e beija minha boca.
— A enfermeira passou aqui há uma hora. Disse que você pode tomar o café da manhã e, se estiver se sentindo bem, visitar as meninas de novo.
— Quero ir agora — digo, sem pensar duas vezes.
— Primeiro o café — ele responde, apontando para a bandeja ao meu lado. — Você precisa se alimentar.
Reviro os olhos, mas obedeço, tomando o café mesmo com o estômago embrulhado de ansiedade.
Alguns longos minutos depois, finalmente seguimos para a UTI neonatal.
Melanie e Cla