76. Em Meio Ao Caos
Nathan me observa em silêncio por alguns segundos, como se também estivesse tentando se convencer de que estamos mesmo fazendo isso.
— Você não imagina o quanto precisava ouvir isso — diz baixinho, passando a mão pelo meu rosto. — Que você tem certeza.
— Tenho medo também — admito, segurando a mão dele contra minha bochecha. — Medo de que isso seja bom demais para ser verdade. Medo de acordar amanhã e descobrir que foi só um sonho causado pelo trauma.
— Não foi um sonho — ele responde, se inclinando para beijar minha testa. — E mesmo que acorde amanhã com dúvidas, eu vou estar aqui para te lembrar de tudo que conversamos.
Ele se levanta, vai até o closet e volta com uma camisa na mão.
— Aqui — diz, estendendo a peça. — Vai ser mais confortável do que dormir com essa roupa.
Pego a camisa, grande demais para mim, mas que cheira exatamente como ele.
— Obrigada — murmuro, me levantando para ir ao banheiro me trocar.
Quando volto, Nathan já está só de cueca boxer, ajeitando as almo