10. Um Cordeiro Em Sacrifico
O silêncio se instala entre nós enquanto Nathan me observa, esperando uma resposta que ambos sabemos qual será.
— Você está perdendo tempo — diz, virando o resto do whisky de uma vez. — E paciência não é algo que tenho muito.
Fecho os olhos e respiro fundo, como se isso pudesse me blindar dele. Mas, ao abri-los, já é tarde demais. Ele está bem na minha frente.
— Não pense tanto — murmura, passando o polegar pelo meu lábio. — Só… cumpra sua parte.
Seus dedos encontram o zíper do meu vestido e o puxam lentamente, deixando o tecido escorregar pelos meus ombros.
— Você pode ficar e relaxar — sussurra, roçando os lábios nos meus, me fazendo fechar os olhos —, ou pode desistir e ir embora.
Ele entrelaça os dedos nos meus cabelos e me beija devagar. Mas, por mais que eu tente, meu corpo não relaxa.
Cada músculo permanece tenso, como se fosse feito de pedra. E Nathan, claro, percebe.
Ele se afasta e me observa com aquela frieza calculista que já conheço bem.
— Você está tensa demais —