Ainda surpresa com a reação de Rodrigo — pois esperava que ele jamais a perdoasse — Lua ergueu os olhos marejados e sussurrou, quase sem voz:
— Mas… por quê? Eu não entendo…
Rodrigo apenas sorriu de leve e aproximou-se, tocando seus lábios com um beijo suave, como se a resposta estivesse nele próprio. Então, com a voz firme, respondeu:
— Porque eu fui um homem frio, arrogante e intolerante. Eu te perdi por julgar você… por culpar você por um passado ruim que eu carregava. Eu achava que todas as mulheres eram iguais.
Lua o encarou em silêncio, os dedos trêmulos subindo até tocar de leve o rosto dele, como se tentasse decifrar que passado era aquele. Rodrigo, no entanto, beijou a mão dela com devoção e continuou:
— Foi por isso também que eu nunca tive um diálogo realmente completo e digno com você. Sempre te julguei como leviana, sempre pensando o pior… E você, Lua, também me julgou. Ou seja, Hanna não foi a única culpada pela nossa separação. Foram os nossos próprios julgamen