A madrugada cai densa sobre a mansão Schneider como um véu de chumbo. O céu sem estrelas reflete o estado de alerta permanente que paira sobre a propriedade. Há algo de pesado no ar, não é apenas escuridão, é tensão, é um silêncio que não traz descanso. A mansão dorme, mas Jonathan não.
Ele caminha pelos corredores silenciosos com passos firmes, o olhar afiado como lâmina. Desde a tentativa de sequestro, algo nele mudou. Dormir profundamente virou um luxo perigoso. Confiar, uma ousadia que ele não pode mais se permitir.
— Verifica de novo a área dos fundos e os sensores da entrada lateral — ordena, ao chefe da segurança, sem perder o tom controlado. — Qualquer movimentação fora do padrão, eu quero saber. Imediatamente. Sem filtro. Sem hesitação.
— Sim, senhor. A ronda foi reforçada. Os homens estão com rádios novos, visão térmica e drones de patrulha no perímetro externo. A cerca perimetral está com nova carga elétrica, dentro do nível permitido por lei.
Jonathan assente, mas seus olh