A luz suave da manhã invade o quarto, atravessando as cortinas com delicadeza, trazendo promessas não cumpridas. Marta já está desperta, sentindo o peso da noite anterior em seu corpo. Há uma mistura de dor e prazer marcando a sua pele, um lembrete do que aconteceu entre ela e Jonathan. Mas o amanhecer trouxe consigo um silêncio cortante, que fere mais do que qualquer palavra dita.
Jonathan a possuiu com intensidade, e ela se entregou sem reservas. Agora, deitada sozinha na cama, percorre os dedos pelos lençóis ainda bagunçados, sentindo o cheiro dele misturado ao seu. Um sorriso discreto curva seus lábios antes que um pensamento incômodo a atinja: como ele reagirá hoje?
Respirando fundo, Marta se levanta, encara seu reflexo no espelho e se permite um momento para reviver cada toque, cada gemido sussurrado na escuridão. O calor que se espalha por seu corpo é inevitável. Mas ela não pode se perder em devaneios agora.
Ela se levanta devagar, sentindo a sensibilidade em cada movimento.