Marta respira fundo e encara o visor do painel eletrônico à sua frente. O número da sala brilha em azul, indicando que é sua vez.
Ela ajeita a bolsa no ombro e segue pelo corredor branco e silencioso até a porta indicada. Antes que possa bater, a porta se abre, revelando uma senhora de olhar caloroso e um sorriso gentil.
— Marta Maia? — A voz da mulher é suave, acolhedora.
— Sim.
A médica dá um passo para o lado, permitindo que Marta entre. O consultório é espaçoso, iluminado, com aquele cheiro característico de hospital misturado com lavanda.
— Pode se sentar, querida. Me chamo doutora Helena. Então, me diga, a consulta é de rotina ou há alguma necessidade específica?
Marta umedece os lábios, desconfortável. Seus dedos se entrelaçam no colo enquanto ela baixa os olhos, sentindo o rosto esquentar.
— Eu… nunca fui a uma ginecologista antes — admite, sentindo-se estranha por dizer isso em voz alta. — E… bom, eu tive minha primeira experiência sexual recentemente e… não me preveni.
A méd