O mundo de Vivian desmorona antes mesmo do sol alcançar plenamente o céu. Ela acorda com uma angústia sufocante presa no peito, o ar rarefeito como se o destino estivesse apertando as suas costelas. Ao lado, o pequeno Vitor dorme tranquilo, os cílios longos descansando sobre a pele macia, alheio à tormenta que cresce dentro da mulher que o chama de filho.
Ela se levanta em silêncio, como se qualquer barulho pudesse acordar o destino. O notebook repousa sobre a mesinha, e ela o abre com as mãos trêmulas. O brilho da tela ilumina seu rosto abatido enquanto ela digita algo que nunca teve coragem de buscar, Jonathan Schneider + filho roubado.
O que aparece diante de seus olhos é como uma lâmina atravessando a sua alma.