Jonathan aperta levemente a filha nos braços. Lua resmunga coçando os olhos, alheia à implosão emocional que se espalha pelo jardim da mansão. Ele a entrega a Lizandra com delicadeza, os olhos encontrando os dela por um segundo, intensos, silenciosos, como se compartilhassem uma dor que palavras não alcançam.
Lizandra segura a pequena Lua com todo o cuidado do mundo, sentindo o peso daquela criança e da tensão pairando no ar. Ela abaixa o olhar, respeitando o silêncio de Jonathan.
David observa tudo com os olhos apertados, os maxilares travados. Não diz nada. Ele quer explodir, quer interrogar, quer saber cada detalhe. Mas algo na cena, no olhar de Vivian, na postura de Jonathan, o faz engolir a própria ira. Por ora.
Jonathan dá um passo à frente. Firme. Calmo. A dor moldando a sua postura com uma elegância pesada.
— Vivian, diz, a voz baixa, carregada de sentimentos contidos.
— Entre. Aqui, você é bem vinda. Independente dessa criança ser ou não nosso filho, você fez o que muitos nã