O silêncio da madrugada se espalha pela mansão Schneider como uma névoa espessa e densa, abafando cada som, cada respiração. O mundo inteiro parece suspenso no tempo.
No andar de cima, a porta do quarto entreaberta revela a visão que faz o sangue de Ravi ferver de novo.
Islanne dorme de lado, nua sob lençóis amarrotados. Os cabelos se espalham pelo travesseiro como uma cascata sombria. Os lábios entreabertos, ainda inchados dos beijos desesperados que ele lhe deu. E aquele sorriso leve, saciado, como se tivesse sido conquistada... e perdida ao mesmo tempo.
Ravi encosta na porta, cruzando os braços, absorvendo cada detalhe. A respiração dela, serena, quase inocente, contrasta brutalmente com a lembrança vívida dela se contorcendo sob ele, gemendo seu nome como uma súplica e uma maldição.
Ele sorri de canto. Lento. Perigoso.
Não há pressa.
Islanne é veneno doce que vicia, corrompe, destrói, e ele quer cada gota desse tormento. Quer afundar até o pescoço na perdição que ela oferece.
O so