Hoje. Só nós.
Islanne está em sua sala no Grupo Schneider quando a notificação vibra no celular. Uma mensagem discreta, sem emojis, sem figulas. Apenas um endereço, horário e três palavras:
Hoje. Só nós.
O coração dela aperta. Não de dúvida, mas de desejo. Um desejo manso, calmo, que agora precisa de espaço para respirar, longe dos lençóis, longe das culpas, longe de Rui. Longe da guerra que paira sobre eles como uma tempestade contida.
Ela responde com um simples:
“Estarei lá.”
O tempo corre lento até o almoço. No elevador, a caminho da garagem, ela ajeita a blusa de tecido fino sobre a calça de alfaiataria. Perfume leve, maquiagem só o suficiente. Quando entra no carro, liga o motor com a decisão de quem não quer mais esconder quem é, nem de quem ama.
O restaurante é discreto, elegante, com mesas externas cobertas por toalhas de renda e uma brisa que acaricia a pele. Ravi já a espera. Camisa dobrada nos cotovelos, sem blazer, sem gravata. Mas com aquele olhar que diz tudo. Que grita tudo.
Quando