Jonathan Schneider sai do prédio ao lado de Marta, vestida com um blazer branco impecável, celular em mãos e a agenda mentalmente cronometrada. O carro os espera na porta e em poucos minutos, estão a caminho de um restaurante sofisticado no centro financeiro da cidade, onde um seleto grupo de empresários os aguarda para o almoço.
No salão elegante, entre taças tilintando e garçons discretos, tudo flui com maestria. Jonathan está em seu território: firme, articulado, irresistivelmente persuasivo. Ao lado dele, Marta acompanha cada nome, cada gesto, cada palavra com a atenção de quem lê mais do que se diz. Quando um executivo menciona um contrato com prazos apertados, ela já faz uma anotação. Quando outro fala da expansão para o norte do país, ela troca contatos com a assistente dele e anota uma possível visita técnica para a semana seguinte.
— Sua assistente é afiada — comenta um dos empresários com um sorriso admirado.
Jonathan lança um olhar rápido para Marta, quase orgulhoso.
— É