A noite cai como um véu espesso de silêncio e promessas. Lá fora, a segurança é apenas um detalhe técnico. Aqui dentro, nas paredes do quarto onde tudo dói e tudo pulsa, Marta e Jonathan vivem o que muitos nem ousam sonhar: um amor que queima, cura, desarma e destrói.
O clima carrega resquícios pesados da discussão. Há mágoa nos olhos dela, arrependimento nos dele. Mas quando Jonathan fecha a porta atrás de si, deixando o mundo lá fora, é como se nada mais existisse além dos dois.
Ele se aproxima devagar, os olhos cravados nela, as mãos ansiosas por tocá-la.
— Eu vou resolver isso — diz, firme, tomando o rosto dela com as mãos quentes. — Do meu jeito. Mas tem uma coisa que você precisa saber…
Sua testa toca a dela com um gesto tão íntimo que faz Marta prender o ar.
— Você é minha. Só minha. E amanhã, quando todo mundo me vir com você, ninguém vai ter dúvidas.
— Você tem certeza disso? — ela sussurra, com medo de acreditar.
— Tenho. E não volto atrás. Nunca mais.
A tensão ainda paira n