Alan Moretti encara o copo de uísque à sua frente, girando o líquido âmbar antes de levá-lo aos lábios. O bar em que está é um dos poucos lugares onde ainda sente alguma dignidade, uma ilusão patética sustentada por risadas femininas, perfumes baratos e promessas ocas. Mas no fundo, ele sabe, não passa de um homem podre, corrompido pelo ódio e pelo desejo de destruir.
Na forma de ver o destino que ele mesmo cavou, acredita que Jonathan Schneider destruiu a sua vida, e isso queima dentro dele mais que o álcool descendo por sua garganta.
Alan recosta-se no sofá de couro gasto do bar clandestino, o olhar predatório. A mulher à sua frente, loira, de vestido curto e provocante, sorri de maneira lasciva quando ele a puxa para o colo sem cerimônia.
— Abre a minha calça — ordena com a voz rouca. Ela obedece sem hesitar, os dedos ágeis desfazendo o zíper. Alan solta um suspiro de satisfação ao sentir a boca quente envolvendo-o, os dedos enterrados nos cabelos dela, guiando o ritmo com brutal